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Tudo que precisa saber sobre Segurança em Cozinhas Industriais

As cozinhas industriais estão repletas de possíveis perigos para os seus colaboradores. Logo, a segurança na cozinha industrial é um assunto que precisa ser discutido com regularidade, de forma séria, com a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho, preservar pela integridade dos trabalhadores e assegurar que a atividade laboral decorra da melhor forma possível.

De fato, se a cozinha de uma casa já oferece algum risco para os seus utilizadores, então é fácil imaginar que a proporção dos riscos presentes numa cozinha industrial é bastante superior. Além disso, todo o cuidado é pouco quando se trata da segurança e saúde dos funcionários e clientes dos estabelecimentos de restauração, já que esta área de negócio depende também da reputação e credibilidade angariada para ter mais hipóteses de sucesso.

Por conseguinte, para eliminar todos esses riscos, elaboramos este artigo com o que precisa saber para preservar a segurança em cozinhas industriais.

Qual a importância da segurança nas cozinhas industriais?

Sem dúvida, que a saúde e segurança no trabalho é um aspeto que deve permanecer em toda e qualquer atividade.

Além de estarem definidas e regulamentadas através de normas e leis, as boas práticas em termos de saúde e segurança no trabalho asseguram a qualidade de vida e o bem-estar dos colaboradores ao prevenir acidentes ou ainda evitar que ocorram outros incidentes.

Numa cozinha industrial, isso não poderia deixar de ser diferente. Acrescentando aos riscos presentes neste tipo de ambientes existem outros aspetos, como descuido, falta de experiência, incompetência, formação inexistente para a execução dos trabalhos, que podem criar as condições perfeitas para a ocorrência de acidentes diversificados.

Assim sendo, prestar atenção à segurança numa cozinha industrial é assegurar que não ocorra algo inesperado que possa resultar em consequências graves para o trabalhador ou mesmo para a empresa.

Por outro lado, as cozinhas industriais não só devem contemplar todas as medidas que sejam obrigatórias por lei apenas devido a esse fator. Na verdade aplicando os procedimentos adequados de segurança no trabalho os responsáveis conseguem tornar o ambiente mais seguro, aumentando eficazmente a produtividade, a qualidade do serviço e, acima de tudo, melhorando a relação entre os trabalhadores e entidade patronal.

Incêndios de grandes dimensões em cozinhas industriais

Se costuma ler notícias relacionadas com incêndios em Portugal, então deve saber que quase todos os meses acontecem incêndios em restaurantes. Esta é uma realidade bastante comum, que deriva da inexistência de sistemas de deteção e supressão de incêndios em cozinhas industriais.

Mas este problema é transversal em todo o Mundo. Por exemplo, um relatório da Administração dos Bombeiros dos Estados Unidos descobriu que ocorrem quase 5.600 incêndios em restaurantes por ano, resultando em menos de cinco mortes, 100 feridos, e 116 milhões de dólares em danos materiais. Os incêndios deste género são uma séria responsabilidade, por isso é essencial reconhecer que as cozinhas industriais são potencialmente perigosas em termos de incêndios.

As estatísticas mais recentes evidenciam que cerca de 80% dos fogos urbanos têm início nestes locais. A sua proteção com meios automáticos para supressão das chamas é pois um ato natural, já que estão sempre presentes nestes locais os 3 fatores que constituem o fogo: combustível, calor e fogo.

A extinção deste tipo de incêndios é todavia difícil, não só porque as cozinhas industriais tendem a ser complexas, com hottes de grandes dimensões, condutas de extração e filtros com acesso difícil e uma grande profusão de equipamentos de confeção, como também, na maioria das vezes, o pessoal que as conduz não dispõe de treino especializado para proceder à extinção de incêndios.

A acumulação de gorduras, a existência de óleos combustíveis e a presença de elevadas temperaturas são fatores suficientes para darem lugar a um incêndio, que poderá fazer perigar a continuidade do funcionamento destes locais de produção.

Daí a importância de se detetarem e suprimirem automaticamente estes focos de incêndio, cujo descontrolo poderá pôr em causa a integridade física das pessoas ou mesmo afetar as restantes infraestruturas.

Para lidar com este problema muito específico, a TECNIQUITEL projeta, fornece e instala o Sistema ANSUL R-102, uma referência mundial neste tipo de sistemas.

A instalação de um sistema para deteção e supressão automática de incêndios nas hottes das cozinhas industriais é, por tudo o que foi dito antes, fortemente recomendada.

 

Quais são os perigos que os trabalhadores enfrentam nas cozinhas industriais?

É de conhecimento geral que as tarefas que ocorrem nas cozinhas industriais implicam a utilização de variadíssimas ferramentas, incluindo equipamentos ou máquinas que potenciam os acidentes de trabalho.

Contudo, a maioria dos perigos que os trabalhadores de uma cozinha industrial enfrentam podem ter consequências graves. Referimos aqui os mais importantes:

Queimaduras

Causadas acima de tudo pela utilização do óleo quente e de equipamentos tais como fornos que funcionam com temperaturas elevadas. As queimaduras representam uma grande parte dos acidentes de trabalho em cozinhas industriais.

Cortes

Os cortes são causados na grande maioria das vezes pela utilização de ferramentas cortantes e/ou pontiagudas, como por exemplo facas. Adicionalmente os processadores de alimentos também fazem parte deste grupo. Assim sendo, os cortes também fazem parte dos acidentes mais comuns no ambiente de uma cozinha.

Equipamentos em geral

Conforme acima indicado as ferramentas e máquinas constituem perigos que fazem parte da rotina de quem trabalha no ambiente de uma cozinha industrial.

Assim é fundamental existir uma manutenção cuidada a todos estes equipamentos a fim de evitar acidentes de trabalho graves, como por exemplo eletrocussão, choques elétricos, amputações, preensões, entre outros. Perante estes riscos é recomendável tomar todas as precauções possíveis e necessárias para evitar transtornos e aborrecimentos.

Quedas

Normalmente os pisos escorregadios ou a existência de irregularidades podem provocar quedas frequentes caso não sejam acauteladas medidas de prevenção.

Além do mais, acrescentando ao risco das próprias quedas, as cozinhas costumam ser um local rodeado de facas e outros instrumentos cortantes e/ou pontiagudos, além de óleo quente e equipamentos que lidam com o fogo. Sim, as quedas são um perigo em qualquer trabalho, mas numa cozinha aumentam substancialmente a probabilidade de ocorrerem acidentes graves.

Doenças ocupacionais

A doença ocupacional não é uma palavra tão comum quanto isso, mesmo dentro da área da saúde. Mas na realidade essas perturbações estão cada vez mais presentes.

Os dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, entre todas as doenças que provocam o óbito, cerca de 19% estão relacionadas com acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais!

Também não podemos deixar de mencionar as doenças ocupacionais como sendo causas habituais nas denúncias e queixas associadas aos acidentes em cozinhas. Elas têm origem em diversos fatores como comportamentos inadequados, equipamentos impróprios e/ou perigosos, levantamento manual de cargas (com peso excessivo ou posição inadequada), movimentos repetitivos e continuados, assim como a falta de organização no local de trabalho.

Assim sendo, como se pode evitar que acidentes como os mencionados anteriormente ocorram? Continue a ler este post para entender qual a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para a plenitude e saúde dos colaboradores.

Qual é o papel dos EPI nas cozinhas industriais?

Os EPI correspondem a todos os equipamentos usados pelos trabalhadores com o propósito de salvaguardá-los dos perigos aos quais estão sujeitos no ambiente de trabalho, como os mencionados anteriormente.

Nas cozinhas industriais, os EPI são imprescindíveis para diminuir tanto quanto possível o número de acidentes. Dessa forma, torna-se obrigatório por lei o uso dos seguintes EPI nesse contexto laboral:

Aventais

Proteção dos pés (calçado de segurança)

Proteção das mãos (luvas de proteção)

Máscaras

Toucas

Neste conjunto de produtos destacamos as luvas para proteção das mãos, que permitem salvaguardar os empregados de sofrerem queimaduras, e o calçado de segurança, que é primordial na prevenção de quedas e escorregões, por exemplo.

Legislação aplicável aos EPI em Portugal

Para todos os responsáveis pela segurança nas empresas a consulta da legislação nacional em vigor sobre as disposições legais relativas aos EPI é essencial. Conheça em baixo as principais orientações nesta matéria:

Regulamento (UE) 2016/425, do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 de março de 2016 – (revoga a Diretiva 89/686/CEE do Conselho de 21 de dezembro, relativo aos equipamentos de proteção individual), com execução na ordem jurídica interna, assegurada pelo Decreto-Lei n.º 118/2019 de 21 de agosto;

Nota: A transição para este Regulamento ocorreu em 21 de abril de 2018, data a partir da qual os novos certificados com base no Regulamento são válidos. Porém, os certificados de exame “CE de tipo” baseados na Diretiva 89/686 mantêm validade até 21 de abril de 2023.

Lei n.º 113/99, de 3 de agosto – Procede à alteração do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro, relativo à proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual.

A Portaria nº 1131/93, de 4 de novembro alterada pela Portaria nº 109/96, de 10 de abril e Portaria nº 695/97, de 19 de agosto, este documento estabelece as exigências essenciais relativas à saúde e segurança aplicáveis aos equipamentos de proteção individual.

Portaria nº 988/93, de 6 de outubro  - Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos trabalhadores na utilização de Equipamento de Proteção Individual, previstas no Decreto-Lei nº 348/93, de 1 de outubro.

O Decreto-Lei nº 348/93, de 1 de outubro especifica as prescrições mínimas de Segurança e Saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamento de proteção individual no trabalho.

Além disso, realçamos o Decreto-lei nº 128/93 de 22 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 139/95, de 14 de junho e pelo Decreto-Lei nº 374/98, de 24 de novembro que estabelece as prescrições mínimas de segurança a que devem obedecer o fabrico e comercialização de máquinas, de instrumentos de medição e de equipamentos de proteção individual.

Relacionando a legislação em vigor com o tema abordado neste artigo salientamos que, para além da obrigação de distribuir EPI adequados para cada função exercida pelos trabalhadores da cozinha, a entidade patronal deve fornecer todas as informações relacionadas ao uso e armazenamento correto desses equipamentos e assegurar a formação adequada.

O objetivo é simples: os equipamentos devem ser utilizados de maneira adequada pelos colaboradores. Caso contrário, os perigos continuam a estar presentes em vez de diminuírem. Também deve-se ter em conta a qualidade dos equipamentos, sendo importante a proveniência dos mesmos ser de empresas credíveis no mercado.

Para assegurar que isso aconteça, os responsáveis devem demonstrar com regularidade aos colaboradores o quanto esses equipamentos contribuem para a manutenção da segurança e do bem-estar no interior de uma cozinha.

Os trabalhadores devem também ser estimulados a observarem atentamente à existência de sinalética em seu redor de forma a não descurarem dos perigos existentes no seu ambiente de trabalho, assim como estarem sempre munidos de manuais de boas práticas de segurança.

Além disso, nunca é demais salientar a importância da promoção da formação individual e coletiva para propiciar a consciencialização da segurança no trabalho entre os colaboradores.

Como se pode perceber, a segurança na cozinha industrial de um restaurante é um assunto sério e que deve ser tratado com a devida preocupação, de forma a manter o fluxo de trabalho dentro da normalidade e ter em consideração o bem-estar e capacidade dos colaboradores e clientes.

Caso tenha ficado alguma dúvida ou queira partilhar connosco as suas experiências a nível da segurança na cozinha, deixe um comentário!

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Luís Paulo
Assistente de Comunicação e Marketing
5 de Abril de 2023

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